
Um barco no sentido contrário do abismo
Pelos rios da Amazônia, navega-se pelo desafio de harmonizar desenvolvimento e a conservação. Embora existam correntes que buscam um crescimento que pode afetar outras formas de vida, há também uma crescente conscientização sobre a importância de um progresso sustentável. A economia na Amazônia tem a oportunidade de valorizar e proteger suas riquezas, procurando equilíbrio para garantir o bem-estar das futuras gerações. Com esforços colaborativos e práticas responsáveis, é possível vislumbrar um futuro onde a exuberante floresta e seus povos coexistam em prosperidade e equilíbrio.
Pelas águas dos rios, corre o desafio da Amazônia. Como quem rema contra o fluxo do respeito a outras formas de vida, seguiremos uma lógica de desenvolvimento que compromete o futuro, o presente e, muitas vezes, o passado? Parte da atual economia imposta à Amazônia explora suas riquezas ao risco de esgotá-las. Com isso, é possível que no futuro, não hajaá a rica floresta e seus povos.
Os braços desses rios, por entre suas curvas, se sustenta umaAmazônia, onde as águas correm livres e a floresta vale em pé vale muito. . São as mãos calejadas do remo que nos conduzem pelo remanso da travessia, pois elas conhecem até os contornos mais sinuosos dessas paragens amazônicas. Com os rios, correm os saberes que transformam esse patrimônio genético e cultural na economia da sociobiodiversidade.
Do silêncio das matas para o burburinho das cidades, o murmúrio dos rios é interrompido pelo vaivém de canoas, barcos, catraias, rabetas, balsas, lanchas e recreios, levando todo tipo de produto da biodiversidade para a Amazônia dos beiradões. É ali que a economia da floresta ganha forma, cores, cheiros e sabores.
Uma biodiversidade que se transforma. Das raízes e folhas que viram garrafadas nas mãos das benzedeiras às pimentas cultivadas por mulheres indígenas que temperam experiências gastronômicas únicas. Passando pelo pirarucu que vira alimento, artesanato e couro vegetal. O conhecimento acumulado pelo povos tradicionais ao longo de gerações cria um comércio vivo e pulsante, que aquece as economias da floresta e inspira o desenvolvimento sustentável na Amazônia.
Saiba mais sobre a bioeconomia na Amazônia
Amazônia urbana
Quando se fala em Amazônia, a imagem predominante é a vastidão de florestas, mas há uma face menos conhecida: a Amazônia urbana. Segundo o IBGE, 75% dos 28 milhões de moradores da Amazônia Legal, que inclui todos os estados em que o bioma amazônico se apresenta, vivem nas cidades. Das grandes metrópoles como Manaus, com seus 2 milhões de habitantes, às pequenas cidades encravadas na floresta, a vida que pulsa nos centros urbanos é parte da complexa narrativa amazônica.
Rotina que se desenrola entre ruas, rios, prédios e palafitas; no vaivém de gente em seus carros e barcos; entre a pressa dos comércios e a calmaria das praças onde a selva de pedra descansa.
O progresso da Amazônia urbana depende da educação de qualidade e do aprimoramento da infraestrutura local. Ao fortalecer essas áreas, podemos potencializar a valorização do vasto patrimônio genético e dos saberes tradicionais, convertendo-os em motores de desenvolvimento sustentável. Isso possibilitará que esses recursos não apenas se transformem em fontes de renda, mas também catalisem a promoção de uma economia mais inclusiva e consciente, que conserva a biodiversidade e a cultura amazônica.
Onde as Amazônias se encontram
Na Amazônia, os rios também nos levam a pontos de encontro que guardam a maior coleção de saberes de seus diversos povos: os mercados públicos. Dia após dia, esses comércios seculares ganham vida própria com uma intensa troca de produtos, conhecimentos e culturas. É onde as várias Amazônias se encontram.
É no burburinho desses aglomerados de sabedorias e vivências que a Amazônia se faz única. Perfumada como só os banhos de cheiro do Ver-o-Peso, bem servida pelos jaraquis, pacus, tambaquis e curimatãs. Nutrida pelo açaí que as águas do rio Amazonas levam ao Mercado Central de Macapá.
Nesse universo que é parte da Amazônia urbana dá para encontrar um pouquinho de cada pedaço dessa imensa – e imensurável – floresta. É por ali que ganham corpo as cadeias de valor. Açaí, cupuaçu, castanha, cacau, farinha, peixes, ervas medicinais e uma infinidade de produtos da floresta colorem os disputados corredores das feiras e mercados. A construção de uma economia do cuidado, capaz de promover o desenvolvimento sustentável dessas diferentes Amazônias.
Conheça alguns produtos da Amazônia
-
Sala 5 – Indústria
Uma nova indústriapara uma nova economia Valorização da biodiversidade e o respeito às comunidades e povos locais, assim como investimentos…
-
Sala 4 – Bioeconomia
Um barco no sentido contrário do abismo Pelos rios da Amazônia, navega-se pelo desafio de harmonizar desenvolvimento e a conservação.…
-
Sala 2 – Ciência Ancestral
Conheça alguns produtos da Amazônia Interativo hotspots Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Proin luctus lacinia sollicitudin. Aenean…
Floresta de valor:
Cadeias produtivas amazônicas
Conhecer as conexões entre os povos locais e suas práticas tradicionais é crucial para agregar valor ao patrimônio genético e cultural que a Amazônia guarda. Ao compreendermos as cadeias produtivas e reconhecermos o valor dos produtos da biodiversidade, abrimos caminho para uma economia sustentável e inclusiva.
A economia da floresta pode inspirar uma abordagem centrada no respeito ao meio ambiente, na valorização dos conhecimentos tradicionais e no estímulo a práticas que promovam a conservação da Amazônia e a melhoria da qualidade de vida das comuni- dades locais. Investir nessa perspectiva impulsiona um modelo econômico que reconhece o papel da floresta e de seus povos para o equilíbrio global.Pelas águas dos rios, corre o desafio da Amazônia. Como quem rema contra o fluxo do respeito a outras formas de vida, seguiremos uma lógica de desenvolvimento que compromete o futuro, o presente e, muitas vezes, o passado? Parte da atual economia imposta à Amazônia explora suas riquezas ao risco de esgotá-las. Com isso, é possível que no futuro, não hajaá a rica floresta e seus povos.
Saiba mais sobre a bioeconomia na Amazônia
Espaço para interativo
Continue a navegar
